Falando sobre bullying

O BULLYING tem sido assunto não só dentro das escolas, mas também na mídia em geral.
Se há preocupação em acabar com essa cultura em nossos meios de convivência, precisamos falar muito sobre o assunto, investigar suas origens e juntos procurarmos as melhores soluções!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

O aluno vítima de bullying normalmente conta aos pais e professores o que está acontecendo?

As vítimas de bullying se tornam reféns do jogo do poder instituído pelos agressores. Raramente elas pedem ajuda às autoridades escolares ou aos pais. Agem assim, dominadas pela falsa crença de que essa postura é capaz de evitar possíveis retaliações dos agressores e por acreditarem que ao sofrerem sozinhos e calados, pouparão seus pais da decepção de ter um filho frágil, covarde e não popular na escola. O que pais devem reparar no comportamento do filho, para perceber se ele é vítima de bullying? Ana Beatriz – A informação sobre o comportamento de um filho deve incluir os diversos ambientes que ele frequenta. Nos casos de bullying é fundamental que os pais se atentem especialmente para os seguintes sinais presentes no âmbito escolar e domiciliar: – Na escola No recreio encontram-se isoladas do grupo, ou perto de alguns adultos que possam protegê-las; na sala de aula apresentam postura retraída, faltas frequentes às aulas, mostram-se comumente tristes, deprimidas ou aflitas; nos jogos ou atividades em grupo, sempre são as últimas a serem escolhidas; aos poucos vão se desinteressando das atividades e tarefas escolares; e em casos mais dramáticos apresentam hematomas, arranhões, cortes, roupas danificadas ou rasgadas. – Em casa Frequentemente se queixam de dores de cabeça, enjôo, dor de estômago, tonturas, vômitos, perda de apetite, insônia. Todos esses sintomas tendem a ser mais intensos no período que antecede o horário de as vítimas entrarem na escola. Mudanças frequentes e intensas de estado de humor, com explosões repentinas de irritação ou raiva. Geralmente não têm amigos ou bem poucos, escassez de telefonemas, e-mails, torpedos, convites para festas, passeios ou viagens com o grupo escolar. Passam a gastar mais dinheiro que o habitual na cantina ou com a compra de objetos diversos com intuito de presentear os outros. Apresentam diversas desculpas (inclusive doenças físicas) com o intuito de faltar às aulas. Mostram-se irritadas, ansiosas ou deprimidas. Aumento ou redução acentuada do apetite. Tornam-se descuidadas com tudo que esteja relacionado aos afazeres escolares.

 Ana Beatriz Barbosa Silva, psiquiatra, autora do livro Bullying – Mentes Perigosas nas Escolas

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