Falando sobre bullying

O BULLYING tem sido assunto não só dentro das escolas, mas também na mídia em geral.
Se há preocupação em acabar com essa cultura em nossos meios de convivência, precisamos falar muito sobre o assunto, investigar suas origens e juntos procurarmos as melhores soluções!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Palavras que machucam - Legendado PT

Bullying em filmes: Nunca fui beijada #1

Dicas para a vítima de bullying

Quem já não foi vítima de bullying? E quem não foi com certeza já viu alguém sendo agredido ou, no mínimo, já ouviu alguma história. No livro Proteja seu filho do bullying de Allan Blane há várias dicas e escolhi alhumas para postar aqui:

* Converse com seus pais abertamente ou com algum adulto de sua confiança em sua escola. ( se tiver vergonha ou não quiser ser visto por outro colega, mande um bilhete para a sua diretora, coordenadora ou orientadora);

* Não tenha medo de falar com seus pais sobre o que você pensa que deve ser feito;

* Saiba que ninguém espera que você resolva este problema sozinho. Não é um problema só seu. Seus pais e outras pessoas da escola devem se envolver para te ajudar;

* Não deixe que a pessoa que te incomoda perceba que o chateia: pois é exatamente isso que ele quer!

Por hoje é só! Depois postarei mais dicas para as pessoas que querem se livrar de quem pratica bullying, os bullies...

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Projeto de Lei 6935/2010 combate o Bullying

Quem não praticou o bullying na escola? Seja de forma direta (ação) ou indireta (omisssão). Quem não foi vítima ou agressor? É um mal que contribui para a construção de adultos agressivos (praticante ativo) e depressivos (vítimas).

Segue a justificativa do projeto de lei 6.935/2010, de autoria do Deputado Federal Fábio Faria, que combate essa  prática entre adultos, embora as maiores vítimas sejam as crianças e adolescentes.
Perde-se a oportunidade de combater o bullying nas escolas, inclusive com responsabilização civil e criminal dos dirigentes omissos no combate a tal prática. Fica a sugestão.
A Intimidação ou Bullying, palavra de origem inglesa, significa tiranizar,ameaçar, oprimir, amedrontar e intimidar. A prática já se tornou comum entre os adolescentes e adultos. Um problema que começa a ser discutido com mais intensidade diante do aumento da violência.
A preocupação com o bullying é um fenômeno mundial.O tema desperta o interesse de pesquisadores dos Estados Unidos, onde o fenômeno de violência foge do controle.
Estima-se que até 35% das crianças em idade escolar estão envolvidas em alguma forma de agressão e de violência na escola.
No Brasil, não há pesquisas recentes sobre o bullying, muito embora seja evidente o aumento do número de agressões e atos de discriminação e humilhação em ambiente escolar.
Estudo feito pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia), em 2002, no Rio de Janeiro, com 5875 estudantes de 5a a 8a séries, de onze escolas fluminenses, revelou que 40,5% dos entrevistados confessaram o envolvimento direto em atos de bullying.
No País, faltam estatísticas oficiais sobre esse tipo de agressão. Porém, diante da maior incidência de casos, algumas escolas paulistas desenvolvem, isoladamente, trabalhos de orientação sobre o assunto.
O bullying é uma forma de agressão que afeta a alma das pessoas. Pode provocar, nas vítimas, um sentimento de isolamento.Outros efeitos são a redução do rendimento escolar e atos de violência contra  si e terceiros.
O modo como os adolescentes agem em sala de aula, com a colocação de apelidos nos seus colegas, pode contribuir para que pessoas agredidas não atinjam plenamente o seu desenvolvimento educacional.
São atitudes comportamentais que provocam fissuras que podem durar para a vida toda.
Criar um estigma ou um rótulo sobre as pessoas é como pré conceituá - las, ou seja, praticar o bullying. Além de ser uma agressão moral, é uma atitude de humilhação que pode deixar sequelas emocionais à vítima.
Outros exemplos são os comentários pejorativos sobre peso, altura, cor da pele, tipo de cabelo, gosto musical, entre outros.
A iniciativa pretende ainda potencializar as eventuais diferenças, canalizando-as para aspectos positivos que resultem na melhoria da autoestima das pessoas.

O aluno vítima de bullying normalmente conta aos pais e professores o que está acontecendo?

As vítimas de bullying se tornam reféns do jogo do poder instituído pelos agressores. Raramente elas pedem ajuda às autoridades escolares ou aos pais. Agem assim, dominadas pela falsa crença de que essa postura é capaz de evitar possíveis retaliações dos agressores e por acreditarem que ao sofrerem sozinhos e calados, pouparão seus pais da decepção de ter um filho frágil, covarde e não popular na escola. O que pais devem reparar no comportamento do filho, para perceber se ele é vítima de bullying? Ana Beatriz – A informação sobre o comportamento de um filho deve incluir os diversos ambientes que ele frequenta. Nos casos de bullying é fundamental que os pais se atentem especialmente para os seguintes sinais presentes no âmbito escolar e domiciliar: – Na escola No recreio encontram-se isoladas do grupo, ou perto de alguns adultos que possam protegê-las; na sala de aula apresentam postura retraída, faltas frequentes às aulas, mostram-se comumente tristes, deprimidas ou aflitas; nos jogos ou atividades em grupo, sempre são as últimas a serem escolhidas; aos poucos vão se desinteressando das atividades e tarefas escolares; e em casos mais dramáticos apresentam hematomas, arranhões, cortes, roupas danificadas ou rasgadas. – Em casa Frequentemente se queixam de dores de cabeça, enjôo, dor de estômago, tonturas, vômitos, perda de apetite, insônia. Todos esses sintomas tendem a ser mais intensos no período que antecede o horário de as vítimas entrarem na escola. Mudanças frequentes e intensas de estado de humor, com explosões repentinas de irritação ou raiva. Geralmente não têm amigos ou bem poucos, escassez de telefonemas, e-mails, torpedos, convites para festas, passeios ou viagens com o grupo escolar. Passam a gastar mais dinheiro que o habitual na cantina ou com a compra de objetos diversos com intuito de presentear os outros. Apresentam diversas desculpas (inclusive doenças físicas) com o intuito de faltar às aulas. Mostram-se irritadas, ansiosas ou deprimidas. Aumento ou redução acentuada do apetite. Tornam-se descuidadas com tudo que esteja relacionado aos afazeres escolares.

 Ana Beatriz Barbosa Silva, psiquiatra, autora do livro Bullying – Mentes Perigosas nas Escolas